Parece-me, não sei ao certo, que as pessoas perderam o interesse por pessoas. São apenas vínculos frágeis que sustentam o diálogo. O que cada um é e o que queremos ser, não importa mais ao outro.
Viramos uma espécie de fast-food: consumimo-nos com tal voracidade, que, uma vez satisfeito aquele súbito desejo, deixamos os restos em cima da mesa e vamos embora. Digere-se sem alimentar. É apenas consumo.
Embalagens e propagandas atrativas, com sabor mediano, que naquele momento satisfaz, mas o que resta são apenas gorduras trans/poli/multi saturadas que nada acrescentam na alimentação, ao contrário, nos envenenamos aos poucos. Nosso paladar está anestesiado.
Parece que não há mais a disposição de curtir e sentir o prazer de preparar o alimento. desde descascar, cortar, fatiar, picar, fritar cozinhar, enfim, dedicar tempo àquilo que consumimos. Ao contrário, somos consumidos e descartados, excretados. Perdemos o encanto de apreciar as pequenas satisfações que somadas, aos poucos, vão saciando a vida.
A ordem está na desordem?
Pulamos etapas essenciais do que é ser. Queremos apenas estar.
1 nada a declarar?:
Mel, este post diz tudo, tudo o que eu penso e como as coisas são através da minha visão... é incrivel, mas mais uma vez tu disse algo (ou no caso escreveu) que é igual o que eu penso e/ou diria... adorei que voltastes a blogar!!! Beijo grande :)
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