Penúltima madrugada do ano, a última noite de insônia.
Nesta época do ano todos ficamos levemente "sentimentalóides". Chega uma hora que parecemos obrigados a fazer um balancete do ano que se acaba. Mas na realidade é apenas uma convenção. Tudo, eu disse exatamente tudo, vai continuar como está. Nada mudará como num passe de mágica porque uma noite se passou.
Ano novo para mim é quando os dígitos da minha idade mudam, mais uma ano novo de vida e esse tempo é meu, só meu.
Desejar um feliz ano novo e todo blá blá blá até é natural, pois desejamos coisas boas para quem estimamos. Deveríamos desejar todos os dias. Se todos os desejos se realizassem de uma vez só creio que perderia a graça da coisa que chamamos de vida. Imagina como seria tedioso se tivéssemos tudo que queremos! A graça está na tentativa e erro, pois somos eternos insatisfeitos, uns mais outros menos. Variações de humor dão tempero. Eu teria medo e acho que até seria bizarro todos felizes, alegres e faceiros o tempo todo (como no carnaval, algo para mim incompreensível, felicidade súbita sem motivo específico para mim é insanidade). Rir e chorar, rir da desgraça e chorar de felicidade, ou vice e versa é, no meu entendimento, algo natural.
Nunca saberemos a verdade absoluta, é algo que não existe. Cada um (graças a deus) tem a sua verdade e aí é que está o sentido da coisa: conviver com a diferença. O que é importante ou imprescindível para mim pode não ser para ti. Coisa boa, porque aí rende assunto!
E tudo que escreveo pode ser uma grande besteira, mas no momento, me parece mais ou menos certo (eu acho). Que chatice ter certeza de tudo. E viva a dúvida!
2 nada a declarar?:
Mê, sábias palavras, aliás, eu só poderia esperar de ti... sábias palavras.
Beijos
muito bem dito!
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